Apresentamos o caso de um paciente de 64 anos, com o diagnóstico de tumor vesical estádio IV em quimioterapia, a quem durante o internamento no serviço de Oncologia foi solicitada avaliação urológica por possível orquiepididimite. Após uma minuciosa exploração física, palpámos um cordão fibroso na localização teórica da veia superficial dorsal do pénis, não doloroso e sem sintomatologia associada.
Trata‐se de uma doença de evolução benigna, relativamente rara e com um diagnóstico simples. Consiste numa induração na face dorsal do pénis, dolorosa ou não, ocasionalmente com sintomatologia inflamatória.
Realçamos a baixa incidência desta doença, que não exime a necessidade de conhecer as suas características em profundidade. Consideramos que a eco‐Doppler é a prova idónea para realizar um adequado diagnóstico diferencial. Em primeiro lugar, limitar a atividade sexual e optar por um tratamento conservador, com anti‐inflamatórios não esteroides, heparina de baixo peso molecular e reservar a opção cirúrgica para casos que não respondem à terapia habitual.