Importância da deformação longitudinal na deteção da cardiotoxicidade induzida por quimioterapia e na identificação de padrões específicos de afetação segmentar

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• 作者：Guilherme Portugal^a ; ^{gfportugal@gmail.com} ; Luí ; sa Moura Branco^a ; Ana Galrinho^a ; Miguel Mota Carmo^a ; Ana Teresa Timó ; teo^a ; Joana Feliciano^a ; Jo&atilde ; o Abreu^a ; Só ; nia Duarte Oliveira^a ; Lurdes Batarda^b ; Rui Cruz Ferreira^a
• 关键词：Deformaç ; &atilde ; o longitudinal global ; Cardiotoxicidade ; Trastuzumab
• 刊名：Revista Portuguesa de Cardiologia
• 出版年：2017
• 出版时间：January 2017
• 年：2017
• 卷：36
• 期：1
• 页码：9-15
• 全文大小：854 K
• 卷排序：36

文摘

A avaliaç&atilde;o seriada da fraç&atilde;o de ejeç&atilde;o ventricular esquerda (FEVE) é o padr&atilde;o de referência na vigilância da cardiotoxicidade induzida por quimioterapia (CIT). A avaliaç&atilde;o da deformaç&atilde;o longitudinal com técnicas de speckle tracking permite uma avaliaç&atilde;o mais detalhada da contractilidade miocárdica. O objetivo deste estudo foi avaliar a relaç&atilde;o entre a deformaç&atilde;o longitudinal global (GLS) e regional e a incidência de CIT.MétodosForam incluídos 158 pacientes num estudo prospetivo observacional de doentes com neoplasia da mama submetidos a quimioterapia com antraciclinas, com ou sem terapêutica adjuvante com trastuzumab. Foi efetuada uma monitorizaç&atilde;o ecocardiográfica seriada de parâmetros de funç&atilde;o sistólica e diastólica, incluindo a avaliaç&atilde;o da deformaç&atilde;o miocárdica longitudinal bidimensional. A incidência de CIT foi definida como uma diminuiç&atilde;o da FEVE para valor < 53%, de acordo com o documento de consenso da Sociedade Europeia de Imagiologia Cardiovascular (EACVI). Os doentes foram classificados como tendo deterioraç&atilde;o da contractilidade miocárdica para um valor de GLS menos negativo que ‐18%, de acordo com os critérios da EACVI.ResultadosDurante um período de seguimento médio de 5,4 meses (1‐48 meses), a incidência de CIT foi de 18,9%. Na populaç&atilde;o global observou‐se uma deterioraç&atilde;o significativa do GLS durante o tratamento com quimioterapia (‐20,1 &plusmn; 3,5% versus 18,7 &plusmn; 3,4%, p = 0,001), com compromisso do GLS detetado durante em algum período do seguimento em 61,4% dos doentes. Esta deterioraç&atilde;o foi mais marcada no subgrupo de doentes com CIT (GLS: ‐17,2 &plusmn; 2,5%, p = 0,02). Na análise regional da deformaç&atilde;o longitudinal, verificou‐se compromisso da contractilidade envolvendo preferencialmente os segmentos septais (seis em seis) e parede anterior (dois em três). Por regress&atilde;o logística multivariada, o compromisso do GLS esteve independentemente associado ao desenvolvimento de CIT (odds ratio 4,88, IC 1,32‐18,0, p = 0,017).ConclusõesO compromisso da deformaç&atilde;o longitudinal é frequente em doentes submetidos a quimioterapia e mostrou um padr&atilde;o de distribuiç&atilde;o predominante a nível septal e anterior. A degradaç&atilde;o da GLS foi um preditor independente de CIT.