Após a aprovação do Comitê de Ética local, 128 pacientes foram incluídos neste estudo prospectivo, randômico, controlado e duplo‐cego. Os pacientes foram designados para o grupo sugamadex (Grupo S) ou grupo neostigmina (Grupo N). O desfecho primário do estudo foi a recuperação cognitiva no pós‐operatório imediato, de acordo com a mensuração da Avaliação de Montreal da Função Cognitiva (MoCA) e com o Mini Exame do Estado Mental (MMSE), após a avaliação inicial 12‐24 h antes da operação. Após a operação, quando o escore de recuperação de Aldrete modificado era ≥ 9, o teste MMSE e, uma hora depois, o teste MoCA foram repetidos.
Embora tenha havido uma redução nos escores de MoCA e MMSE tanto no Grupo S quanto no Grupo N, entre os escores pré‐ e pós‐operatório não houve diferença estatisticamente significativa nas reduções (p > 0,05). O tempo para atingir TOF 0,9 foi de 2,19 min no Grupo S e de 6,47 min no Grupo N (p < 0,0001). O tempo de recuperação foi de 8,26 min no Grupo S e de 16,93 min no Grupo N (p < 0,0001)
Mostramos que o procedimento cirúrgico e/ou procedimento anestésico de acompanhamento pode causar uma regressão temporária ou permanente da função cognitiva no pós‐operatório imediato. No entanto, um desempenho cognitivo melhor não pode ser provado no grupo sugamadex em comparação com o grupo neostigmina.