O presente estudo avaliou as possíveis correlações entre síndrome metabólica e o LAP nos parâmetros metabólicos e reprodutivos de pacientes com SOP.
O estudo incluiu 299 pacientes portadoras de SOP, definida pelos critérios de Rotterdam, acompanhadas no Ambulatório de Hiperandrogenismo do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC‐UFMG).
(1) dosagens séricas de triglicérides, testosterona total, glicemia de jejum e duas horas após sobrecarga de 75 gramas de dextrosol (GPD), TSH; (2) cálculo do LAP; (3) cálculo do índice de Ferriman; (4) avaliação do volume dos ovários; (5) medida da circunferência abdominal e (6) presença ou não de síndrome metabólica.
A média do LAP foi 60,9 e a mediana 51,3. Pacientes com ou sem síndrome metabólica quando comparadas entre si não apresentaram diferenças quanto a volume ovariano, testosterona total, índice de Ferriman, glicemia de jejum e pós‐dextrosol. As mulheres com síndrome metabólica tiveram valores de TSH mais altos do que as mulheres sem síndrome metabólica. Já as mulheres no quartil superior do LAP tiveram TSH, índice de Ferriman e GPD maiores do que as mulheres nos quartis inferiores de LAP.
Os valores mais elevados do LAP sugeriram boa correlação desse índice com resistência insulínica. Os valores de TSH mais elevados em pacientes com síndrome metabólica e LAP no quartil superior em pacientes com SOP representam um dado novo na literatura que precisa ser mais bem estudado.