Os autores descrevem o caso de um homem, 51 anos de idade, sem antecedentes patológicos conhecidos, encaminhado para a consulta de cardiologia, em 2009, por fibrilhação auricular paroxística. Após insucesso da terapêutica antiarrítmica, foi referenciado para ablação percutânea, com critérios de sucesso agudo. Três anos depois, reiniciou queixas de palpitações e foi documentado flutter auricular atípico. O estudo eletrofisiológico confirmou o diagnóstico de flutter atípico esquerdo e reaparecimento de atividade elétrica na veia pulmonar inferior direita. Fez re‐ablação da veia recanalizada com sucesso, sem qualquer recorrência arrítmica até ao momento.
Na era da ablação percutânea, é essencial perceber o mecanismo da arritmia e reconhecer a existência destes flutters atípicos.