Foi aplicada a técnica proposta em uma série de casos de pacientes do Grupo de Joelho do HC‐IOT diagnosticados com instabilidade patelofemoral e com indicação de tratamento cirúrgico. No pré e pós‐operatório foram avaliados: amplitude de movimento (ADM), teste da apreensão, teste da translação lateral, teste da inclinação patelar, sinal do J invertido, subluxação em extensão, dor a compressão da patela e dor a contração do quadríceps. No pós‐operatório também foi perguntado aos pacientes se houve novo episódio de luxação, qual o grau de satisfação com a cirurgia (escala de zero a 10) e se passariam pela cirurgia novamente.
Foram operados sete joelhos em sete pacientes e a média de seguimento foi de 5,46 meses (±2,07). Tivemos quatro pacientes com apreensão no pré‐operatório que não tinham apreensão no pós‐operatório. O teste de translação lateral foi normalizado em todos os pacientes enquanto o teste da inclinação patelar permaneceu positivo em dois pacientes. Os pacientes com J invertido permaneceram com o sinal positivo. A subluxação em extensão, presente no pré‐operatório em cinco pacientes, foi negativa em todos no pós‐operatório. Nenhum paciente apresentou novo episódio de luxação da patela. Todos responderam estar satisfeitos. Cinco pacientes referiram satisfação 9 e dois referiram 10. Todas passariam novamente pela cirurgia. Apenas uma paciente apresentou complicação pós‐operatória, deiscência de ferida.
A reconstrução combinada do LPFM com tendão quadricipital com a reconstrução do LPTM com tendão patelar é tecnicamente segura e apresentou bons resultados clínicos objetivos e subjetivos nesta série de caso de curto seguimento.