Estudar o valor preditivo termográfico na intoxicação por anest&
eacute;sico local em ratos que efetue o reconhecimento precoce dos sinais t&
eacute;rmicos de intoxicação e possibilite o início imediato do suporte avançado de vida.
Método
Ratos Wistar foram submetidos à injeção intraperitoneal de soro fisiológico e ropivacaína, alocados aos pares, e foram feitos experimentos em tempos basal e experimental. Para o estudo termodinâmico foram analisados o compartimento central e o periférico, verificaram‐se as diferenças das temperaturas máximas e médias entre os grupos. Foram feitas observações clínicas e termográficas para cada experimento e anotados os tempos em que os sinais de intoxicação ocorriam. Foram buscados na análise termográfica os termogramas correspondentes aos tempos de interesse e extraídas as planilhas de dados correspondentes, para análise estatística.
Resultados
Foi possível a visibilização das imagens térmicas nos momentos basal e experimental. Foi possível calcular a taxa de transferência de calor em todos os casos. No momento basal foi possível observar a fisiologia da microcirculação, caracterizada por distribuição térmica no sentido craniocaudal. Foi possível visibilizar as alterações fisiopatológicas ou disautonomias térmicas causadas pela intoxicação antes que os sinais clínicos ocorressem, caracterizadas por áreas de hiperradiação e traduziram perturbações fisiopatológicas do Sistema Nervoso Autônomo. Nos animais intoxicados por ropivacaína houve diferença estatisticamente significativa na taxa de transferência de calor no momento experimental.
Conclusões
Constatou‐se que a temperatura máxima, a temperatura média e a taxa de transferência de calor foram diferentes do ponto de vista estatístico entre os grupos no momento experimental, o que corrobora o valor preditivo termográfico sistêmico.